MVP: como construir um Produto Mínimo Viável?

Primeiro você teve uma ideia incrível para uma startup ou identificou um problema que ainda não apresenta uma boa forma de ser solucionado. Na sequência você partiu para o processo da validação, ou seja, de compreender quais os impactos e a verdadeira relevância deste primeiro ponto identificado para o público-alvo. Na validação se descobriu que de fato uma solução para este problema é necessária e ausente, pelo menos em termos de qualidade, no mercado. E agora? Qual o próximo passo?

O processo de criação de uma startup é muito rico: o que não faltam são aprendizados e todos eles de maneira muito ágil. Isto porque, quando se fala neste processo de construção de um negócio permite-se um dinamismo inexistente em modelos tradicionais. O foco está totalmente no cliente/mercado e em compreendê-lo da melhor forma possível com o mínimo de tempo e gasto de recursos. É por isso que após a validação da ideia/problema ao invés de dedicar-se na construção do produto meses a fio, com alto investimento, parte-se para o MVP, ou seja, Mínimo Produto Viável.

O MVP é a etapa de validação da solução, um teste para entender o quanto de valor você está entregando naquele formato e fazer os ajustes necessários antes de perder muito tempo e dinheiro nele. Quer entender como funciona esse processo e como construir um bom MVP? Continue lendo!

 

O que é um MVP?

 

Um Mínimo Produto Viável (Minimum Viable Product – MVP) é uma versão simplificada do seu produto. Ele irá conter apenas as funcionalidades básicas da solução – ou uma versão enxuta – e poderá, assim, levar menos tempo para entrar no mercado. Esta etapa permite que você aprenda rapidamente, a partir de uma série de testes ágeis, qual é o produto ideal para o seu cliente (e não aquele que você imaginava que seria).

É importante ressaltar que esta versão simplificada do seu produto não é sinônimo de uma solução ruim. Você deve sim proporcionar uma boa experiência, afinal isto será fundamental para análise dos resultados, e entregar o máximo de valor. A proposta é justamente fazer tudo isso em um versão enxuta, ou seja, qual seria o  mínimo – e não qualquer modelo- da solução considerada ideal?

 

Como construir um MVP

 

Entenda qual é a sua proposta de valor

 

O primeiro passo para a construção do MVP é entender qual é a sua proposta de valor, ou seja, qual é o centro da solução para o cliente. Uma boa dica é aplicar o canvas da proposta de valor, um exercício que irá ajudar a visualizar melhor esses aspectos.

Digamos que você está construindo um software e, para ele, imaginou sete recursos que o tornariam um grande produto, atendendo de ponta a ponta o cliente. Ao analisar sua proposta de valor, provavelmente você irá ver que três destes recursos entregam diretamente a sua proposta de valor e os outros quatro são importantes porém apenas agregam ao resultado final, não sendo básicos. Eis a sua resposta: o seu MVP será um produto com estes três recursos fundamentais. 

Com isso você reduz consideravelmente o tempo de construção deste software e poderá testar se os três recursos em questão realmente estão cumprindo bem sua função. Além desta aprendizagem rápida é uma boa forma de entender também se os outro quatro são mesmo necessários, pois ao longo do processo você poderá identificar novos recursos ainda não pensados e entender que aqueles primeiros não fazem tanto sentido assim para o público.

 

Construa o seu produto mínimo

 

A partir desta definição é hora de se dedicar a elaboração do produto. Esta etapa também consiste em um exercício fundamental: não basta selecionar apenas os três recursos mínimos do exemplo acima. É preciso analisar como os construir da forma mais simples possível. 

Pense neste caso: digamos estes três recursos serão, no futuro, feitos a partir de código por um desenvolvedor. Mas você não tem um sócio desenvolvedor e precisaria contratar um profissional para isto que levaria um tempo x e demandaria um recurso y. Mas será que não existe alguma ferramenta no mercado que simularia aquela mesma ação ou, pelo menos, que chegue o mais próximo possível? É bastante provável que sim. Ou ainda tudo isto imaginado pode ser feito manualmente. 

Neste ponto seu MVP não precisa ser escalável. Ele precisa ser funcional, construído rapidamente e com pouco recurso. Já imaginou contratar um desenvolvedor que leva um tempo determinado, e após alguns meses de investimento lançar a solução e ela não converter o mercado? Aqui o pensamento é justamente o contrário: faça o mínimo para descobrir se funciona e com o sinal verde do seu público parta para a contratação do seu desenvolvedor.

A construção do MVP é bastante variável de acordo com o produto. Por vezes ele pode ser mais simples, como uma landing page, ou um pouco mais complexo, como o desenvolvimento de uma plataforma minimamente operante. Mas o objetivo é sempre o mesmo: simplifique e seja ágil.

 

Teste o seu MVP

 

Após a construção do MVP é hora de fazer o teste. Defina algumas métricas e objetivos que irão ajudá-lo a entender o resultado e o leve ao mercado. Porém, ressaltamos que é essencial você ser verdadeiro com seu processo de validação: não adianta “vender” para amigos ou familiares. A maior validação é a venda para o seu público-alvo. Quanto mais você estiver disposto a aprender com a experiência, maiores serão as taxas de sucesso da sua startup.

Novamente, o modelo do teste irá depender diretamente do produto, mas existem alguns modelos que podem ajudá-lo a definir esta análise, como, por exemplo:

 

  • Fazer uma pré-venda para uma lista VIP;
  • Lançar uma versão alpha, ou seja, enviar o produto para um número controlado de pessoas;
  • Fazer um teste beta, ou seja, abrir o seu produto para o mercado como um todo;

Independente do modelo, é preciso garantir que você está atingindo as pessoas certas e disposto a aprender com o experimento.

 

#4 Entenda os resultados

 

As primeiras pessoas a comprarem a sua ideia, ou seja, a converterem no seu MVP são os seus early adopters e eles terão muito a te ensinar. Este grupo de pessoas terão uma série de feedbacks para te dar e irão ajudar a compreender o quanto de valor o produto está entregando e quais os aspectos precisam melhorar. Por isso, este é o momento de receber essas avaliações e ouvir o seu cliente.

Aqui também é o momento de bater os resultados analisados com os previstos anteriormente. Pode ser que você tinha o objetivo de fazer um número x de vendas, porém aconteceu apenas a metade. Ou ainda, pode ser que do número y de clientes que converteu no primeiro mês, apenas metade permaneceu no segundo.

Ambos pontos indicam que existem melhorias que precisam ser feitas antes de definir o que de fato será o produto final. Ou, ainda, de que é preciso voltar ao início e criar um produto completamente diferente pois não era isso que o público estava buscando.

É um momento chave para a startup. Esteja disposto a aprender com o mercado e faça os ajustes necessários para a sua audiência. Afinal, o produto é para eles. 

 

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