As pesquisas são claras: 15, 4% das startups fecham ainda no seu primeiro ano no Brasil. E não acaba por aí: 41,9% encerram suas atividades entre o primeiro e o quinto ano de vida. Preocupante, não é? Os dados são da CBInsights, que é líder global em dados sobre o segmento de startups.
Na mesma pesquisa foram levantados os motivos pelos quais isso ocorre e preste muita atenção no principal responsável pelas startups fracassarem. Em primeiro lugar, com 42% está a falta de necessidade do mercado. Falta de dinheiro, por exemplo, vem em segundo com apenas 29%, seguindo de “não ter o time certo”, com 23%.
Outra pesquisa feita pela Startup Farm também revelou dados preocupantes. Pelo menos 74% das startups brasileiras fecham após seus primeiros cincos anos e 18% antes de completarem dois anos de mercado. Aqui, novamente, o motivo principal não é aporte ou investimento: interesse do mercado e conflito entre sócios aparecem nos dois primeiros lugares da lista.
Pesquisas diferentes e resultados semelhantes sobre os motivos que levam uma startup a fracassar. Por isso, vamos explicar abaixo como evitar alguns erros e ajudá-lo a manter o seu negócio longe das estatísticas negativas.
Vamos lá?
Como evitar que a sua startup fracasse
#1 Encontrar o problema não pode ser…um problema
No primeiro lugar da lista que levam startups a fracassarem nos seus primeiros anos de vida está a falta de necessidade/interesse do mercado na sua solução. Isto porque startups nascem com o propósito de resolverem problemas reais, de pessoas reais. Quando isso não é foco dificilmente o negócio irá sobreviver.
Não existe segredo para fugir deste ponto, apenas muito trabalho. Na etapa de validação do problema você precisa dedicar muito tempo e esforço para entender o seu público, seus anseios, sua jornada. Somente uma imersão completa no universo dos futuros usuários poderão mostrar o que eles buscam e como deve ser uma solução que de fato ofereça um valor e conquiste uma parcela do mercado.
#2 Antecipe possíveis conflitos com sócios
No topo da lista também está uma questão delicada: a sociedade. Os conflitos que surgem entre os sócios, que podem ir desde um desacordo entre os papéis, desalinho com a proposta de valor até a distribuição de cotas em si podem ser fatais para uma startup nos seus primeiros passos.
Por isso, é essencial antes de firmar a sociedade que exista um alinhamento de objetivos, expectativas e interesses. Em uma startup os sócios devem ter conhecimentos complementares, isto é, suas áreas de conhecimento e experiência devem se completar, assim como seus propósitos e objetivos finais. Afinal, é preciso comprometimento de todos para dar certo.
Outro ponto essencial também é definir tudo isso juridicamente. Não é porque você está montando uma startup que deve fugir das formalizações. Defina corretamente as participações de cada sócio, bem como as regras para eventuais saídas do negócio. Um contrato de vesting, por exemplo, o qual prevê uma aquisição progressiva de direitos sobre o negócio compatível com o envolvimento real do profissional pode ser vital.
#3 Montar um time é um grande desafio, encare isso como tal
Encontrar as pessoas certas para construírem o seu projeto ao seu lado é um enorme desafio. E aqui é preciso estar atento a uma discussão cada vez maior no mercado: hard skills x soft skills. Isto é, as crenças e propósito do futuro colaborador passaram a ter tanta relevância quanto o seu conhecimento técnico/específico. E o motivo é claro: quando não há alinhamento entre o que o profissional busca e o que a empresa faz/oferece, ambos saem perdendo.
É por esse motivo que time também está no topo da lista de razões pelas quais uma startup fracassa nos seus primeiros anos. Para evitar isto é essencial saber comunicar a sua cultura, ser claro sobre a “fase startup” e o que você pode oferecer no momento e os planos futuros. Um time engajado é um time que compartilha dos mesmos valores e objetivos e é na hora da contratação que você deve entender isso.
Essas são algumas dicas para você estar atento enquanto monta a sua startup e pretende que ela fique fora das estatísticas. Sobre quais temas você quer receber mais dicas como essas? Nos envie suas sugestões!